Pelo menos três agências do Banco do Brasil devem fechar na Paraíba
Pelo menos três agências do Banco do Brasil devem fechar as portas brevemente na Paraíba, sendo duas em João Pessoa e uma em Campina Grande. Nessa segunda-feira (11), o banco anunciou uma reestruturação, que resultará no fechamento de 361 unidades em todo o país, e um programa de demissão voluntáriaque deve envolver 5 mil funcionários.
O banco não revela quantas agências serão fechadas no estado, mas o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, afirmou ao ClickPB que tomou conhecimento do fechamento de pelo menos três agências. Em João Pessoa, a agência Parque Solon de Lucena, localizada no bairro de Tambiá, e a agência do Jardim Cidade Universitária serão fechadas. Em Campina Grande, a agência Jardim Paulistano, na Avenida Assis Chateaubriand deixará de funcionar.
O presidente do Bancários-PB destacou que é possível que agências no interior do estado também sejam fechadas. Ele explicou que como o Banco do Brasil não revelou oficialmente quais agências deixarão de existir, as informações que ele tem são repassadas por funcionários do banco, mas ainda não há números exatos. Ele não sabe, por exemplo, quantos funcionários pretendem aderir ao programa de demissão voluntária no estado.
O ClickPB entrou em contato com a assessoria do Banco do Brasil para pedir informações sobre as mudanças previstas na Paraíba, mas a resposta foi que, por enquanto, o banco só tem dados nacionais. Muitos funcionários locais, no entanto, já foram avisados de que seus locais de trabalho deixarão de existir.
Outra questão é que além do fechamento de agências, o plano de reestruturação do banco também prevê mudanças no formato de atendimento. Alguns locais podem ser transformados em postos de autoatendimento, tendo apenas caixas eletrônicos por exemplo.
Lindonjhonson lamentou a decisão. ”Aqui no Nordeste as pessoas não têm esse costume de usar o caixa eletrônico, principalmente o povão, que gosta de ir na boca do caixa receber seu dinheiro. Mas eles não pensam nisso, eles não pensam nas pessoas mais simples, no lado social, só em mais e mais lucro”, comentou.
O presidente do sindicato também criticou a decisão de tirar empregos de trabalhadores em plena pandemia. ”Se a gente não gera emprego não gera renda”, afirmou. Ele ressaltou que, com a reestruturação, também deve haver perda de função de muitos funcionários e, consequentemente, perda de gratificações e redução da renda mensal.
”É um absurdo o que estão fazendo. Deveriam estar contratando funcionários e não tirando. As pessoas às vezes passam uma hora numa fila porque não tem funcionário para atender, aí vão tirar ainda mais”, disse.