O adeus ao príncipe Philip já estava planejado há muitos anos
Membros da família real britânica costumam deixar os detalhes de seus funerais decididos com bastante antecedência, diz
Muito antes de seu falecimento, no último dia 9, o príncipe Philip já havia deixado claro, no funeral que ele mesmo ajudou a planejar, que iria querer uma cerimônia pequena, sem toda a pompa de uma despedida de chefe de Estado. O plano previa cerca de 800 convidados, especialmente membros da família real e seus parentes pela Europa.
O verdadeiro funeral, que acontece neste sábado (17), vai acabar sendo bem menor do que ele mesmo esperava. A despedida a Philip, consorte da rainha Elizabeth 2ª durante mais de sete décadas, terá a presença de apenas 30 pessoas, seguindo as atuais regras do Reino Unido para esse tipo de ocasião, por conta da pandemia de covid-19.
O príncipe Harry, que atualmente mora nos EUA e está afastado da família real, viajou para Londres para participar. Sua esposa, Meghan Markle, que está nos últimos meses de gravidez, ficou em casa por orientação médica. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, não vai comparecer para deixar uma vaga a mais para familiares e amigos.
Bem antes de morrer, Philip, que tinha 99 anos, deixou prontos os detalhes do cerimonial, a bandeira que deveria envolver o caixão, as medalhas e símbolos de sua carreira militar que deveriam ficar expostos, ajudou a desenhar as modificações na caminhonete militar que transportará o ataúde e até o brasão do evento.
“Isso é comum na realeza, eles discutem esses detalhes com antecedência. A própria rainha Elizabeth 2ª já tem tudo planejado para o dia de sua morte”, explica Renato Vieira, professor de História da Comunicação nas Faculdades Integradas Rio Branco e autor do livro “God Save The Queen – O imaginário da realeza britânica na mídia”
Para ilustrar isso, ele cita uma série que pode ser vista no filme A Rainha, que narra os problemas que a família real enfrentou na ocasião da morte da princesa Diana, em 1997