Canadá registra a primeira morte ligada à vacina de Oxford
Hospital aguarda resultado de exames após uma mulher de 54 anos que recebeu o imunizantes morrer de trombose cerebral
A mulher morreu no Hospital Universitário McGill, em Montreal. O centro médico emitiu nota dizendo que o óbito está “possivelmente ligada à vacina de Oxford”, aguardando os resultados dos testes para confirmar a conexão.
Desde que o Canadá começou a inocular vacinas do laboratório anglo-sueco, as autoridades sanitárias relataram vários casos de trombose, possivelmente ligada ao imunizante, embora em todos os casos os pacientes estejam se recuperando em casa.
A província de Quebec é a segunda mais populosa do Canadá, com 8,5 milhões de habitantes, e a mais afetada até agora pela pandemia, com 10.898 das 24.066 vítimas da doença no país. Na região, foram administradas até agora 2,9 milhões de vacinas contra a covid-19, das quais 400 mil são da universidade de Oxford.
O Ministério da Saúde do Canadá autorizou o uso da vacina da farmacêutica anglo-sueca para os maiores de 18 anos, embora as províncias tenham decidido limitar as idades por medo de casos de coágulo sanguíneo. Há uma semana, Quebec decidiu usar o imunizante em maiores de 45 anos.
As autoridades reiteraram que os benefícios superam os riscos potenciais do imunizante de Oxford, e que a pandemia pode causar mais trombose do que a droga. Na última sexta-feira (23), o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, de 49 anos, e a esposa, Sophie Grégoire, de 45, receberam a primeira dose justamente do imunizante desse laboratório.