Helicóptero que transportava presidente do Irã desaparece durante voo
O Irã iniciou neste domingo (19) uma operação de resgate no noroeste do país para encontrar um helicóptero no qual viajava o presidente Ebrahim Raisi. Segundo a imprensa local, o aparelho sofreu um “acidente”.
“Ocorreu um acidente com o helicóptero que transportava o presidente” na região de Jofa, na província ocidental do Azerbaijão Oriental, informou a televisão estatal iraniana. No entanto, “condições climáticas desfavoráveis”, incluindo uma neblina espessa, dificultavam os esforços, disse o ministro do Interior, Ahmed Vahidi, à televisão estatal.
“Chegar à região do helicóptero pode levar algum tempo”, acrescentou. O local em questão fica na Floresta Dizmar, próximo à cidade de Varzaghan.
A televisão estatal havia noticiado mais cedo um acidente com o aparelho que transportava o chefe de Estado na província do Azerbaijão Oriental, mais falava de informações “não confirmadas”.
Três helicópteros transportavam a delegação presidencial. Dois deles aterrissaram sem problemas em Tabriz, noroeste do Irã, menos o que levava Raisi.
Chefe da diplomacia também estava no helicóptero
A agência de imprensa oficial IRNA informou depois que Raisi, assim como o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, estavam entre os passageiros junto com o governador provincial e o principal imã da região. Segundo a IRNA, “mais de 20 equipes de buscas, com drones e cães de resgate” foram “enviados ao local”.
Aiatolá de 63 anos, Raisi é presidente do Irã desde 2021. Considerado um ultraconservador, ele foi eleito em 18 de junho, no primeiro turno, em votações marcadas por uma abstenção recorde em eleições presidenciais e na ausência de um opositor forte. Ele sucedeu ao moderado Hassan Rouhani, que o havia derrotado nas eleições presidenciais de 2017 e que, após dois mandatos consecutivos, não pôde concorrer novamente.
Raisi saiu fortalecido das legislativas de março, as primeiras eleições a nível nacional desde os protestos de 2022, que eclodiram após a morte de Mahsa Amini, presa por não respeitar o código de vestuário para mulheres no país. Após o pleito de março, o presidente iraniano celebrou o “novo fracasso histórico dos inimigos do Irã após os protestos” de 2022.
(Com informações da AFP)