SANTO ANTONIO E O GATO
Quem gosta de animais são pessoas de bom coração.
Tivemos um dálmata lindo. Era nosso xodó. Maranhão havia sido tão traído por companheiros políticos que deu ao nosso cão o nome de Fiel. E Fiel foi amigo por muitos anos. Kátia e Erasmo Lucena devem lembrar.
E os gatos? Eu tinha 18 anos quando meu namorado viajou e deixou seu gato sob minha responsabilidade. O gato sumiu. Um belo e dengoso siamês. Minha mãe aflita logo imaginou: sem esse gato, o namoro vai acabar.
Tínhamos um santuário enorme em casa, daqueles de fazendas herança do coronel Sigismundo e de tia Marié Bezerra Cavalcanti.
Fomos fazer promessa. E milagre: o gato estava escondido por trás do enorme Santo Antônio de madeira. Santo Antônio segurou o nosso romance que demorou 13 anos para ir até o altar.
Mas os gatos continuaram.
Meu filho, meu neto e meu marido os adoram. Gato persa morou na granja do governador conosco e gato de rua, foi o último companheiro aqui no nosso lar. Maranhão achou no Hangar e o adotou.
Nas fotos: O filho Léo e o neto José Neto
Gatos para Zé Maranhão são animais especiais. Ângela Bezerra sabe bem disso.
Ele sempre os achou inteligentes. Fortes. Estratégicos.
E hoje, Dr. Marcelo Amato comenta: esse homem tem sete vidas. Parece gato!
Nada Dr. Marcelo, é o amor que o faz renascer com a força da fênix. É o amor pela vida. Porque quem tanto ama os animais como São Francisco, certamente são espíritos iluminados nessa terra.
Por Fátima Bezerra Cavalcanti
Desembargadora