Vacina de Oxford: Alemanha tem nove mortes por trombose
O Instituto Paul-Ehrlich, centro de referência para a vacinação na Alemanha, detectou 31 casos de trombose, a formação de um coágulo no sangue, em pessoas que foram imunizadas com a vacina contra covid-19 de Oxford, produzida em parceria com o laboratório AstraZeneca, sendo que nove delas morreram, segundo informou nesta terça-feira (30) a revista local Der Spiegel.
De acordo com a publicação, em 19 casos, foi identificado um déficit de plaquetas nas amostras de sangue analisadas, e o instituto apontou que, entre os mortos, apenas dois eram homens, de 36 e 57 anos.
-
SAÚDE
Vacina de Oxford não tem relação com coágulos, assegura fabricante
-
Vacina de Oxford: Anvisa inclui outros efeitos adversos na bul
O Instituto Paul-Ehrlich divulgou que os demais casos de trombose sinusal venosa se referem a mulheres com idades compreendidas entre 20 e 63 anos.
De acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), a agência de epidemiologia da Alemanha, – onde a vacinação com o agente imunizante de Oxford chegou a ser suspensa e foi retomada em 19 de março – já receberam a vacina da companhia um total de 2,7 milhões de pessoas.
No país, duas doses de qualquer um dos agentes imunizantes foram aplicadas em 3.877.914 de pessoas
A Áustria foi o primeiro país a suspender um lote de vacinas de Oxford, em 8 de março, após a morte por trombose de uma enfermeira, de 49 anos, que tinha acabado de ser imunizada.
O registro dessa morte por um suposto efeito colateral da aplicação da vacina fez outras nações europeias suspenderem o uso, como Alemanha, Itália, Espanha e França.
Autoridades de saúde garantem que a vacina é segura e que não é necessário parar o uso.
“Não queremos que as pessoas entrem em pânico e, por enquanto, recomendamos que os países continuem a vacinar de Oxford”, disse um representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) após países anunciarem que a vacinação com o imunizante seria suspensa temporariamente.